segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

17º Capitulo

Muitos anos depois:

Diana intrigada com aquela medalhinha que o jovem trazia presa ao pescoço, deixava-a cada vez mais intrigada, aquela imagem era-lhe muito familiar, só que, não tinha a certeza de onde conhecia aquela imagem.
No carro de Fernanda, tendo a companhia da sua amiga inseparável Beatriz, tentavam colocar a conversa em dia, conversa sobre a última semana passada na Universidade.
Fernanda que tinha alguma experiencia de vida, não deixou passar em branco a forma como assistiu à despedida dos rapazes e das raparigas:
- Então meninas quem são os rapazões?
- Ó mãe, eles são nossos amigos.
- Amigos?
Perguntava Fernanda que deixava as duas raparigas coradas:
- Sim dona Fernanda.
- Apenas somos bons amigos.
- Hummm.
- Bons amigos…
- Pois eu sei o que isso é.
As três em uníssono desataram a rir à gargalhada, por entre os risos, Fernanda afirmava:
- Sabem que até são giros!
- Qual deles é o teu namorado, Beatriz?
- Ó mãe já disse que não namoro com nenhum!
- Mas diz lá que o alto e louro não é um grande borracho?
- Não mãe, esse a Dina gosta dele!
- Haaaa… com que então…
- Háhahahaha
- Eu gosto mais de morenos!
-Hahahahaha
- Bem queres dizer que as duas gostam deles?
- Sim mãe…
-Mas, dona Fernanda… nunca aconteceu nada entre nós…
- Mas quem sou eu para fazer juízo de valores!
- Então como se chamam os admiradores?
As raparigas olhando uma para a outra, encolhendo os ombros e ao mesmo tempo.
- Nunca perguntamos, tem graça.
Diana acrescentava:
- Nós tratamo-los por alcunhas.
- Por exemplo o alto e louro chamamos-lhe flecha.
- O mais baixo e moreno de Russo.
Fernanda perguntava:
-Mas porque chamam de Russo ao moreno?
Beatriz elucidou a mãe:
- Por isso mesmo mãe.
- Por isso mesmo o quê?
- Por ser moreno, advém a alcunha de Russo.
- E o louro?
Dina interrompeu mãe e filha e:
- Por ser o atleta mais rápido da Universidade!
- À, eles praticam atletismo.
– Por isso vocês foram para a modalidade?
Risos e mais risos, a viagem chegava ao fim, Fernanda estacionava em frente do portão da garagem, carregava no pequeno aparelho de controlo à distância.
As duas metades do portão abriam-se de par em par, enquanto que ao mesmo tempo o portão interior da habitação que servia de garagem.
Após entrarem, Dina retirou as suas coisas, duas pequenas malas de roupa suja que, usara durante aqueles dias na Universidade e, fez-se a caminho de casa, por sinal era paredes-meias com a de Fernanda.
- Obrigada dona Fernanda pela boleia.
- Ora rapariga, não tens que agradecer.
Depois de beijar as duas seguiu em direcção a casa onde a mãe e a irmã mais nove de oito anos a esperava no jardim.

Enquanto esperavam pela jovem, Irina aproveitou para regar as plantas e também a hortaliça que tinha plantado há pouco dias.
Ilma correu para os braços da irmã assim que esta abriu o portão da entrada, Dina encheu de beijos a pequenina, tal eram as saudades que tinham uma da outra.
As férias do Natal tinham terminado, esta na hora de regressar ás aulas.
Russo e Flecha tinham passado mais umas mini férias numa instituição de solidariedade social, a mesma que tão bem conheciam.

Os jovens não se lembravam de conhecer outro lugar que não fosse aquele em suas vidas.
A instituição era regida pela Igreja Católica, uma obra que tinha sido iniciada há mais de duzentos anos pelo Padre Martins, tinha criado a “Ordem das Crianças Desamparadas”, devido à lacuna que entrara por aquelas paragens dois séculos antes. Depois da peste que vitimou enumeras famílias, famílias inteiras das quais deixaram crianças, o Padre Martins, abrigou as crianças dando-lhes educação e estudos.

Tinha como objectivo incentivar para o celibato.
A Ordem das Crianças Desamparadas foi também implantada no sector feminino, onde foram criados três centros de acolhimento, um no norte do país, no centro e no sul.
Já naquela época, à revelia da própria Igreja, o Padre Martins criou a ordem onde rapazes e raparigas conviviam diariamente, sempre com grande rigor, disciplina e muita oração.
Para além da devoção a Deus, as aulas eram compostas por rapazes e raparigas, com separação nas refeições e dormitórios, o encontro dava-se na entrada da capela para na primeira missa do dia.
Os longos corredores onde sobressaíam, os inúmeros painéis em azulejo pintado com à mão do século XVIII. Tanto as raparigas como os rapazes eram contadas, ao mesmo tempo que dez metros mais há frente tinham que assinar as entrada e as saídas, sendo impossível qualquer fuga ao controlo depois de entrarem no adro que se seguia ao refeitório.
A ordem ocupava-se de muitas causas, a ajuda aos mais desfavorecidos era uma entre muitas que os seus descendentes levavam a efeito.

Nos Hospitais, mas principalmente nas Santas Casas de Misericórdias, em apoios vários a doentes, enfermagem e também médico.
Muitos alunos após concluírem as suas especializações nas mais diversas áreas da sociedade, enveredavam pela vida civil, fora do domínio religioso.
Muitos foram também os ex-alunos que contraíram matrimónio, muitos nunca tiveram vocação para o celibato nem queriam seguir a Ordem religiosa ou passar o resto da vida dedicada à própria Igreja.
- Para tudo na vida é necessário ter vocação ou força de vontade.
Estas eram as palavras que o seu mentor proferiu e que permanecia escrita na entrada da capela onde todos os alunos em regime de internato se regiam.
O padre Martins tinha deixado escrito em seu testamento todas as intenções para serem seguidas pela Ordem das Crianças Desamparadas:
- Qualquer aluno, que tenha completado a maioria de idade se, quisesse enveredar por outra vida, que não a religiosa, tinha todo o direito renunciar a todos os beneméritos que a instituição colocava ao seu dispor para a sua formação académica e colocar ao dispor da Ordem Religiosa nas várias vertentes da religião do Cristianismo.
Ser um discípulo de Deus e levar a sua fé e crença a onde fosse possível chegarar.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Lançamento do Livro de Poesia

Informo todos os visitantes que, no dia 21 de Janeiro de 2011 pelas 18h, decorrerá na Biblioteca Municipal de Alcochete 1º lançamento do livro de Ângelo Melo " VENTOS DE POESIA", da Corpos Editora, o Evento será aberto a todos que queiram participar na secção de lançamento e autógrafos.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

16º Capitulo

Pantera, tinha finalmente sido detido pelas forças policiais, ao fim de um longa perseguição entre as duas artérias secundárias de Arpão. Entre os detidos, encontrava-se também Sardinha, para além dos outros que foram abatidos pelas forças policiais aquando a captura.
Sardinha foi condenado a vinte anos de prisão, enquanto que Pantera, foi condenado a vinte e cinco, para além de uma outra condenação de igual tempo que tinha sido decretada pela justiça Francesa.
Estes criminosos eram considerados “em trânsito”, ou seja, permaneciam nunca no mesmo Estabelecimento Prisional mais que três meses.
Pantera tinha muitos amigos por todos os estabelecimentos prisionais por onde passava, alguns tinham feito parte directamente de muitas atrocidades de âmbito criminal.
Mas acima de tudo também tinha um número muito superior de inimigos sedentos de vingança.

A organização tinha entregue ele e os seus para aliviar as suspeitas sobre as suas actividades ilegais.
Pantera pretendia fazer vingança, alheando a sua vontade à do sistema judicial, que, lhe propuseram em contrapartida de aliviar a pena em alguns anos.

Foi difícil para um criminoso ser considerado arrependido.
A organização não pretendia correr riscos, de manter um ex-colaborador sobre a alçada policial sem que este pudesse delatar todo o sistema operativo.

Boss, sempre pensou ser impossível um dia acontecer a denúncia e as detenções dos envolvidos.
Após as detenções que todo o bando foi alvo, todos sabiam de onde tinha vindo a denuncia, Sardinha foi o primeiro a sofrer as consequências com a detenção de Boss.
Foi encontrado pelos guardas prisionais nos lavadouros de roupa, quase morto. Sardinha, foi internado de urgência num Hospital público, devido aos seus ferimentos e estado.
Um ano depois passou para o hospitalar prisão, onde permaneceu por mais algum tempo.

A sua recuperação foi longa de difícil, devido ás várias facturas dos membros, crânio e fase.
Sardinha passou por um número indeterminada de cirurgias, umas plásticas outras de composição óssea, fisioterapia, para além ficar diminuído mentalmente.
Para além de tudo, foi o que nada teve a ver com o caso, pois preferiu ser preso e condenado que, delatar sobre os compassas do crime.
Boss, depois do acontecido, incitou uma caça ao homem, os seus homens onde quer que estivessem tinham ordens de o silenciar assim que este colocasse os pés num estabelecimento prisional.
Durante muitos anos Pantera foi resguardado do resto dos presidiários nas prisões que passava.
O tempo o desleixo e alguma corrupção, levaram Pantera a uma prisão de menor segurança, onde só se encontravam presos por pequenos delitos, ou em detidos preventivamente.
No mesmo estabelecimento existia uma ala que funcionava como “in trânsito”, onde permaneciam presidiários vindos de vários estabelecimentos para serem presentes a julgamento, sendo que alguns estavam nas mesmas condições que Pantera.
Estes presos tinham um a divisão especial que, não eram colocados, nunca, em qualquer circunstâncias colocados mesma ala dos outros presos, só que era possível o encontro no refeitório aquando as refeições.
Muitos dos indivíduos que estavam “in transito”, já eram condenados com penas superiores a vinte anos, enquanto que outros vinham para novos julgamentos ou recursos, que se iriam realizar naquela comarca.
Estes permaneciam juntos na hora das refeições, enquanto que os outros faziam depois, isto tudo para prevenir actos de indisciplina e desordeiros.
Foi numa dessas refeições, os presos preparavam-se para o seu almoço, quando um detido vindo do nada, ao passar por Pantera, desfere-lhe um golpe mortal na traqueia.
Pantera foi assassinado na hora de almoço, mesmo em frente de toda a população prisional e guarda, sem que, fosse possível o salvar.
O sangue que saia da garganta do preso era abundante, mesmo com a rápida intervenção dos guardas e do médico, não foi possível salvar a vida ao indivíduo.
O preso chega à enfermaria já cadáver, o médico apenas teve de confirmar o óbito, Pantera tinha cumprido dezasseis anos da sua pena.

O detido que tinha concluído a encomenda, após a rixa com os guardas prisionais, acabou por ser abatido a tiro. Tudo estava previsto por Boss, que silêncio em silêncio, todos os envolvidos eram silenciados em prol duma organização que, mesmo por dentro duma prisão continuavam a comandar as operações ilega
Pantera, tinha finalmente sido detido pelas forças policiais, ao fim de um longa perseguição entre as duas artérias secundárias de Arpão.

Entre os detidos, encontrava-se também Sardinha, para além dos outros que foram abatidos pelas forças policiais aquando a captura.
Sardinha foi condenado a vinte anos de prisão, enquanto que Pantera, foi condenado a vinte e cinco, para além de uma outra condenação de igual tempo que tinha sido decretada pela justiça Francesa.
Estes criminosos eram considerados “in trânsito”, ou seja, permaneciam nunca no mesmo estabelecimento prisional mais que três meses.
Pantera tinha muitos amigos por todos os Estabelecimentos prisionais por onde passava, alguns tinham feito parte directamente de muitas atrocidades de âmbito criminal.
Mas acima de tudo também tinha um número muito superior de inimigos sedentos de vingança.

A organização tinha entregue ele e os seus para aliviar as suspeitas sobre as suas actividades ilegais.
Pantera pretendia fazer vingança, alheando a sua vontade à do sistema judicial, que, lhe propuseram em contrapartida de aliviar a pena em alguns anos. Foi difícil para um criminoso ser considerado arrependido.
A organização não pretendia correr riscos, de manter um ex-colaborador sobre a alçada policial sem que este pudesse delatar todo o sistema operativo.

Boss, sempre pensou ser impossível um dia acontecer a denúncia e as detenções dos envolvidos.
Após as detenções que todo o bando foi alvo, todos sabiam de onde tinha vindo a denuncia, Sardinha foi o primeiro a sofrer as consequências com a detenção de Boss.
Foi encontrado pelos guardas prisionais nos lavadouros de roupa, quase morto. Sardinha, foi internado de urgência num Hospital público, devido aos seus ferimentos e estado.
Um ano depois passou para o hospitalar prisão, onde permaneceu por mais algum tempo.

A sua recuperação foi longa de difícil, devido ás várias facturas dos membros, crânio e fase.
Sardinha passou por um número indeterminada de cirurgias, umas plásticas outras de composição óssea, fisioterapia, para além ficar diminuído mentalmente.
Para além de tudo, foi o que nada teve a ver com o caso, pois preferiu ser preso e condenado que, delatar sobre os compassas do crime.
Boss, depois do acontecido, incitou uma caça ao homem, os seus homens onde quer que estivessem tinham ordens de o silenciar assim que este colocasse os pés num estabelecimento prisional.
Durante muitos anos Pantera foi resguardado do resto dos presidiários nas prisões que passava.
O tempo o desleixo e alguma corrupção, levaram Pantera a uma prisão de menor segurança, onde só se encontravam presos por pequenos delitos, ou em detidos preventivamente.
No mesmo estabelecimento existia uma ala que funcionava como “in trânsito”, onde permaneciam presidiários vindos de vários estabelecimentos para serem presentes a julgamento, sendo que alguns estavam nas mesmas condições que Pantera.
Estes presos tinham um a divisão especial que, não eram colocados, nunca, em qualquer circunstâncias colocados mesma ala dos outros presos, só que era possível o encontro no refeitório aquando as refeições.
Muitos dos indivíduos que estavam “in transito”, já eram condenados com penas superiores a vinte anos, enquanto que outros vinham para novos julgamentos ou recursos, que se iriam realizar naquela comarca.
Estes permaneciam juntos na hora das refeições, enquanto que os outros faziam depois, isto tudo para prevenir actos de indisciplina e desordeiros.
Foi numa dessas refeições, os presos preparavam-se para o seu almoço, quando um detido vindo do nada, ao passar por Pantera, desfere-lhe um golpe mortal na traqueia.
Pantera foi assassinado na hora de almoço, mesmo em frente de toda a população prisional e guarda, sem que, fosse possível o salvar.
O sangue que saia da garganta do preso era abundante, mesmo com a rápida intervenção dos guardas e do médico, não foi possível salvar a vida ao indivíduo.
O preso chega à enfermaria já cadáver, o médico apenas teve de confirmar o óbito, Pantera tinha cumprido dezasseis anos da sua pena.

O detido que tinha concluído a encomenda, após a rixa com os guardas prisionais, acabou por ser abatido a tiro. Tudo estava previsto por Boss, que silêncio em silêncio, todos os envolvidos eram silenciados em prol duma organização que, mesmo por dentro duma prisão continuavam a comandar as operações ilega