quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Filhos sem Lei 3º capitulo

Abel tentava a todos os custos,ligar para a sua esposa Sandra sem sucesso, o que o deixava a cada segundo mais preocupado.
-Bola, mas que raio está a acontecer? - Esta hoje não atende o telemóvel porquê?
Abel resolveu ligar para o número fixo de casa, o resultado foi o mesmo.
Enquanto o jovem gerente da sucursal, da famosa instituição bancária da sua área de residência.
De telefone colado ao ouvido, alguém bate à porta, e entra para anunciar uma visita:
-Sim, Fernanda.
-Senhor Abel. -Sim Fernanda Diz!
-Está aqui uns senhores que são agentes de autoridade para falar com o senhor.
-Polícia?
-Sim senhor.
Respondeu a secretária. Alguns segundos depois, após a informação:
-Manda os senhores entrarem e fecha a porta, por favor.
O jovem gerente colocou o telefone no seu lugar, ao mesmo tempo que se levantava da sua cadeira e seguiu em direcção aos agentes da polícia à paisana, estendendo a mão direita para os cumprimentar, acto de educação e posição que ocupa na instituição bancária.
-Como estão os senhores agentes. Do que dispõem?
Os homens apresentaram-se seguidamente.
-Inspector Correia.
Ao mesmo tempo apresentava o seu acompanhante:
-Este é o sub-inspector Lopes.
-Muito prazer.
Abel seguidamente.
-Então qual o motivo das suas visitas?
O inspector Correia, homem de elevado porte atlético apesar da sua longevidade e dos cabelos grisalhos, homem habituado a estas coisas, notícias desagradáveis, outras vezes positivas, nesta hora qualquer que fosse a reacção do gerente seria uma incógnita.
-Bem meu caro amigo!
Afirmava o inspector:
-O caso que nos trás aqui hoje é deveras complicado para poder explicar ao senhor.
Mas que se passa?
- Senhor inspector! - Nunca tive qualquer problema com a justiça!
Algo preocupado com as palavras proferidas pelo agente que, falava com grande tranquilidade, mas, que deixava antever o mistério que pairava no ar.
-Não estou a perceber o porquê da vossa visita?
Foi então que o inspector foi direito ao assunto, durante alguns minutos Abel ficou paralisado sem reacção, as palavras que iam saindo da boca do inspector, pareciam que estavam a uma distância bastante considerada, cada palavra que o agente mencionava, pareciam não ter mais fim:
-O senhor tem que nos acompanhar até ao hospital para reconhecer o corpo da sua esposa que, foi esta manhã brutalmente assassinada em plena via pública.
Abel, com a voz embargada interpolava os inspectores.
-Desculpe… desculpe… mas… que… foi…
-O que...foi que...que acabou… de... de dizer?
Já sentado na sua cadeira, onde há sua frente se encontrava a fotografia da esposa e do filho, o sub-inspector pergunta:
-Esta é a sua esposa e o seu filho?
-Sim, são as jóias da minha vida!
De novo o sub-inspector pergunta:
-Vai ser difícil dizer ao menino que a mãe partiu para o céu!
Como se a cadeira tivesse uma mola, levantou-se e:
-Mas onde está o meu menino?
Os agentes, olharam-se também surpreendidos pela afirmação do marido da vítima.
breves segundos depois o agente mais graduado pergunta:
-Mas, o seu filho não está no infantário?
Abel contou o sucedido os agentes, antes destes terem chegado.
Foi então que um dos agentes disse:
-Agora começa a fazer sentido, a informação distorcida, onde uma testemunha mencionou que, antes da sua esposa falecer tinha dito algumas palavras relacionadas com uma suposta criança!
- No local, não tomamos consideração a esse pormenor, pelo simples facto, de nada apontar para o rapto de uma criança!
Foi então que o inspector pegou no seu aparelho móvel de serviço e fez uma chamada, enquanto isso o sub-inspector continuava a conversa com o marido da vítima. Até que o inspector interrompeu os dois e afirmou:
- Vamos colocar já dois colegas no terreno para averiguar melhor este assunto!
A investigação seguiu os términos normais para encontrar os criminosos.

Filhos sem Lei 2º capitulo

Entretanto, no local onde se dera todos os acontecimentos.
Os poucos condutores que se encontravam no local, junto aos semáforos, estes presenciaram os acontecimentos sem que pudessem intervir, por um lado, devido á rapidez, por outro, pelo facto de não poderem socorrer divido aos assaltantes estarem munidos de armas.
Os três condutores, assistiram assim á rápida partida do veículo a alta velocidade de perder de vista, deixando a trás de si um rasto de desgraça e morte.
Enquanto um condutor que através do seu telemóvel chamava as autoridade, ligando para o 112, os outros iam em socorro da vítima, que ainda se encontrava viva, enquanto a hemorragia e perda de sangue era bastante abundante no local.
Os seus murmúrios eram secos e rocos, a sua alma parecia querer deixa-la, mas, a vontade de vencer a morte era enorme que os seus últimos pensamentos eram para o seu filhinho, fruto do amor da vida que tanto desejou.
-Ó meu Deus!
Saíam da sua boca ensanguentada:
-Ajudai o meu filhinho!
As suas preces, foram as últimas palavras, estas dedicadas ao seu filho, mesmo na hora da morte, colocou o bem-estar do seu filho em primeiro lugar.
Os serviços de emergência médica chegaram alguns minutos depois de receberem o aviso, ao mesmo tempo chegava também as autoridades locais para tomarem conta da ocorrência.
A estrada esteve interrompida durante duas horas, por questões burocráticas, a Polícia Judiciária esteve no local a recolher provas e vestígios no sentido de abrirem as investigações do rapto, assassinato e furto de automóvel.
Duas horas mais tarde, do colégio, a directora pegava no telefone e ligava para o banco onde trabalhava Abel, pai de Guilherme:
-Estou sim, é o senhor Abel?
-O próprio!
-Desculpe de ligar para o senhor.
Abel interrompendo a directora:
-Não tem mal algum, mas, disponha minha senhora.
-Sabe, já tentei contactar a sua esposa.

-Mas, como não consigo chegar á fala com ela,
resolvi ligar para o senhor.
-Então, mas, o que se passa? – O Guilherme ficou doente?
-Não sei senhor Abel!
-Era por isso mesmo que liguei para o senhor para saber se tinha ocorrido alguma anomalia no dia de hoje com o Guilherme.
-Porquê?
Perguntava Abel preocupado:
-A sua esposa hoje ainda não veio entregar o menino no infantário,

logo deduzi que estivesse doente.
-Como é habito a sua esposa telefonar quando ocorre algo diferente.
Fiquei preocupada, daí o meu telefonema.
-Agradeço muito a sua preocupação senhora directora. Vou ver o que aconteceu, depois informo-a. Obrigada.
O jovem gerente nem sabia o que a vida lhe reservava nos minutos seguintes.
Após várias tentativas de contactar a esposa, sem sucesso, o telefone tocava mas ninguém o podia atender lá do outro lado, num terreno baldio, os bandidos tinham-se desfeito do pequeno aparelho.

Filhos sem Lei- 1º capitulo)

Vinte anos antes:


Sandra pára o seu automóvel junto aos semáforos do cruzamento, que liga as duas artérias principais da cidade, para quem entra e sai. As outras, duas servem para trânsito local girar em seu redor, dentro da própria cidade.
A jovem condutora ao volante do seu automóvel, topo de gama (BMW), de último modelo, com apenas dois meses, desde a sua entrega.
O (BMW), tinha sido uma oferta da administração do banco onde seu esposo, Abel trabalhava como vice-presidente, daquele organismo bancário.
Sandra acabara de parar, no sinal vermelho, aquela luz florescente, viva que parecia encandear qualquer condutor, aquela hora da manhã.
A jovem mulher, que entretanto, pára atrás de alguns carros, outros se seguem a trás do seu também, os segundos passam em contra-relógio.
Sandra olha pelo retrovisor, ajeita de forma a poder prestar mais atenção á pequena criança que, tranquilamente segue no banco trás, confortavelmente na sua cadeirinha de bebé, envolta em dois cintos, que aconchegavam o seu frágil corpo.
Ao mesmo tempo que, apertando também a própria cadeirinha onde vem sentado, acto este que, a mãe faz de forma a cumprir totalmente a lei da segurança rodoviária.
Guilherme acabara de acordar, enquanto Sandra vai falando com o filho.
- Olá filhote, hó, tanto soninho, amor lindo da mãe!
- Já falta pouco para puderes brincar com os teus amiguinhos da escola.
Sandra, aproveitava para, enquanto colocava o dedo indicador da mão direita sobre o botão do rádio do automóvel, mudava de estação radiofónica.
Por fim encontrou uma música ao seu gosto.
A mesma que a ajudaria a descontrair até chegar ao Infantário, e assim poder deixar o seu filho até à noite. Música ambiente, com as duas mãos assentes em cima do volante escuro e bastante aderente ás suas lindas mãos, devido ao material almofadado que protegia o volante, ajudando-a assim a melhorar a sua condução, sem originar transpiração.
Enquanto batia com as pontas dos dedos por baixo do volante ao ritmo do som banda musical.
Confortavelmente no seu BMW, de último modelo que, originava alguma inveja aos outros condutores que, a trás ou ao lado do seu carro se encontravam para seguirem viagem também rumo aos seus destinos.
Os segundos, infindáveis naquele semáforo pareciam não terem mais fim.
De rompante, dois indivíduos romperam por entre as outras viaturas, um pelo lado da condutora e o outro pelo lado do pendura.
Os dois homens, abriram as portas, enquanto o indivíduo do lado do condutor retirava o cinto á jovem condutora, o outro puxava-a pelos cabelos para a rua.
Tudo isto num simples pestanejar de olhos, a jovem Sandra foi vítima de Cardjacking.
A jovem mulher lutou desesperadamente com o bandido que a agarrava pelos cabelos, sem contemplações nem remorsos, o bandido desferiu um tiro mortal no abdómen da jovem, que lhe trespassou o coração, falecendo no local.
Os bandidos colocaram-se em fuga, entre condução perigosa o local ficou bem lá para trás, com eles seguia a criança sem que estes, dessem pela sua presença.
Risos e mais risos, pelos acontecimentos, instantes depois, o condutor interroga o pendura:
-Porquê?
-Respondia o outro:
-Porquê o quê?
-Sim, porque matas-te a rapariga?
-Não sabes que agora a policia estará no nosso encalço!
O assassino respondendo em tom vitorioso:
-Tinha que ser pá. – Tinha que ser.
-A gaja arranhou-me o braço todo. - Passou-me uma coisa pela cabeça.

– Agora já não há remédio, a gaja morreu e pronto, acabou a história!
A conversa entre os dois ladrões foi interrompida pelo riso da criança,

enquanto se viravam para trás e, admirados, não querendo acreditar no
que seus olhos estavam a ver.
O condutor trava repentinamente o automóvel, de novo os dois olharam para trás, depois para a frente, desatando um enorme grito.
- Haaaaaaaa, haaaaaa, haaaaa!
Os ladrões ficaram perplexos com o que tinham acabado de descobrir, para além de roubarem o carro, assassinarem a condutora, tinham também raptado uma criança de tenra idade.
-Mas que raio!
Afirmava o assassino perplexo com a descoberta da criança:
-Como é que isto aconteceu?
Virando-se para o condutor, comparsa do crime.
-Mas, tu não reparas-te na criança?
O outro indivíduo, prontamente respondeu:
-Claro que não! – E tu reparas-te?
-Não, não reparei. Com todo o desenvolvimento, apenas pretendia sair dali o mais rápido possível.
Durante alguns segundos os dois homens olhavam para a criança sem saberem como a solucionar.
-Então, como vamos descalçar esta bota agora?
Perguntava o condutor:
Mais uma vez, olharam para a criança que permanecia no banco de trás sem resposta, lentamente voltaram-se para a frente, foi quando o assassino arranjou a forma mais eficaz para solucionar o assunto, ou seja, desfazerem-se do menino.
Assim o problema estaria solucionado, o corpo seria abandonado num descampado, o veículo modificado e entregue ao angariador, que por sua vez o utilizaria em diversos assaltos a bombas de gasolina e estabelecimentos ATM (caixas de multibanco), ou para depois serem vendidos a países Árabes ou Africanos (mas isso é outra história).
O assassino que encontrava-se no lugar do pendura:
-Bem, só existe uma única solução!
O condutor perguntava:
-Então qual é a solução?
-Mata-se a criança também! – Mas desta vez fazes tu o serviço!
Afirmava o pendura. Que o condutor logo retorqui negativamente.
-Eu, eu, não… Desculpa mas eu não sou capaz de fazer uma coisa dessas.
-Ainda tenho alguma alma, uma criança não é o mesmo que um adulto.
Apontando o dedo na direcção da jovem criança, afirmava:
-Olha para ela tão inocente, não tem culpa dos nossos erros.
-Nem de estar no local errado á hora errada!
O impasse durou alguns minutos, os homens saíram do veículo, o pendura com a arma em punho, enquanto que ao mesmo tempo passava as mãos pela cabeça e apertava com os cotovelos o seu coro cabeludo despido e bronzeado, onde se realçava uma enorme tatuagem de uma pantera e uma pistola por baixo da pata direita.
O assassino de Sandra era conhecido no mundo do crime como o “Pantera”, enquanto que o jovem condutor, ainda menor de idade, tinha-se juntado a esta rede criminosa como modo de afirmação lá no bairro onde vivia, apesar de menor, já era pai de uma menina de um ano de idade.


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

TRISTE CENÁRIO DO PAÍS...

A tristeza está em todo o lado.
Onde uns têm intempéries ou causas naturais, a desgraça bate á porta de todos os povos.
Os fogos que assolam nestes últimos dias de pleno Verão, a onde as temperaturas são bastantes elevadas, continuam-se a cometer imprudências e crimes contra a natureza, que por sua vez atinge o homem.
O homem que, movido por motivos vários, sabe-se lá a troco de…
Continuam a assassinar a nossa floresta, pondo em risco bens, animais e vidas humanas, ao qual lamentavelmente algumas confirmadas.
Os soldados da paz, sejam profissionais ou voluntários, têm colocado as suas vidas em perigo na luta contra ás chamas que são o maior inimigo destes homens e mulheres que, por paixão e solidariedade enveredaram por esta diapasão nas cooperações de bombeiros por todo o país.
Todos os anos, a tristeza chega a muitos corações, quando se confirma a perda de mais uma vida em prol dos outros…
As medidas que são impostas aos incendiários serão as mais adequadas?
Todos sabemos que na maior parte dos casos ninguém é responsabilizado!
Não estará na hora de punir severamente todos os infractores, claro que se confirmem como responsáveis…
E os co-autores?
Aqueles que vivem nas sombras, sendo estes os mais interessados que isto continue por muito tempo…
O estado, que por sua vez tem a responsabilidade de aprovar e prevenir estas catástrofes todos os anos, não coloca no terreno prisioneiros, militares, desempregados, e todos aqueles que recebem subsídios estatais sem nada fazerem?
Era uma oportunidade de limparem as matas e florestas do nosso país, enquanto que ao mesmo tempo faziam posto de vigia na prevenção deste flagelo que todos os anos consomem hectares e hectares de floresta, deixando assim o ar cada vez mais poluente e irrespirável.
Esta é a minha reflexão e indignação…
Pelo triste cenário que assola o nosso país.
E a sua, também será?

Agosto 2010