sábado, 24 de outubro de 2009

Madrinha de Guerra 05-09-07 Melo

Deste verso com ternura, com o vento vou mandar,
que neste cenário de guerra eu estou a passar.
Nem amor nem luxúrias, mas tristezas e amrguras,
com o vento vou mandar esta carta de amor.
Sofro em silêncio a dor!
Porquê eu senhor?
Que o destino a mim mandou, neste inferno que pintou,
com tinta da mesma cor, este cenário calhou.
Mando assim com o vento, este meu triste lamento
amurdaçando assim a dor, que aqui, eu padeço,
em solidão, por amor...
Porquê eu senhor?
Que deixei o cantinho do meu lar, onde só se vê corpos no chão
mutilados cobertos por tinta saindo dos seus corpos.
Outros simplesmente, a olhar fixamente para o horizonte na esperança,
de vivos voltar aos seus sonhos de criança, sonhos que foram roubados
e assim empurrados para cenários reais.
Queira Deus, então voltar, assim peço todas as noites ao deitar, porque,
no dia seguinte, não sei se vou acordar, e deste cenário sair,
ou se mais manchar o inferno com a minha cor, que meu corpo produz...
Nestes versos de ternura, com o vento vou mandar,
que neste cenário de guerra, por mim está a passar...
Não importa ficar só, em solidão, neste lugar, ao ver o vento levar a minha murdaça,
minha dor, todas estas cartas que escrevo com amor!
Para um dia voltar, em paz, com muito amor!
Cheio de felicidade e alegria de finalmente regressar ao aconchego do lar,
onde um dia nasceu, deixando aquele lugar seus sonhos antigos.
Consigo morreu a sua nova esperança, à porta bateu da sua amada, que valeu,
por tudo o que passou?
Naquele inferno que viveu, na porta do seu amor bateu, após todo o seu sofrimento, por fim, valeu toda a sua espera, amargura e sofrimento.
veio uma carta com o vento enrolada em lamentos, ás mãos de uma madrinha de guerra,
fazendo dela seu refugio, longe de todo o cenário de guerra, escolhendo para o seu regresso
o leito daquela madrinha, que era, sua amada...

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