quarta-feira, 1 de setembro de 2010

FILHOS SEM LEI (4º CAPITULO)

Muitos anos antes:

A história dos dois jovens começou a ser desenhada muitos anos antes, os dois jovens, por pura consciência eram filhos únicos tanto no casamento de Mateus e Assunção, como de Tobias e Celeste.
O jovem Abel era filho de pais de classe média-baixa. Os pais eram pessoas simples e humildes, tinham como ocupação profissional o erário públicos, tanto um como o outro trabalhavam numa escola secundária na orla ribeirinha da zona Sul.

O pai de Abel, o senhor Mateus, era vigilante, por sua vez, a mãe, dona Assunção, era auxiliar de educação na mesma escola secundária há muitos anos.
Os dois, conheceram-se naquele lugar, dona Assunção, trabalhava lá desde a abertura daquele centro escolar. Só dois anos depois, é que o senhor Mateus também para lá foi trabalhar como vigilante nocturno, por conta de uma empresa especializada na área de segurança.

Mais tarde, surgiu a possibilidade de ficar como porteiro, enquanto que ao mesmo tempo, a direcção da instituição escolar, punha término ao protocolo estabelecido com a empresa de segurança, assegurando a partir daí, esse mesmo serviço, poupando nos encargos anuais da instituição escolar.
Do matrimonio entre Mateus e Assunção, nasceu Abel, único filho, porque a vida não lhes proporcionava a criação e educação de muitos filhos.

Com as dificuldades que o país atravessava, era importante, isso assim, que o filho pudesse desfrutar duma melhor educação.
Proporcionando-lhe então a possibilidade de estudar e concluir uma licenciatura que, no futuro, pudesse viver autónomo com seus próprios rendimentos.
A vida levou-o a estudar economia, digamos que, foi a área que sempre o faxinou.!

Por sua vez, os pais de Sandra, a vida destes era muito mais tranquila e abundante.
O pai da jovem, era presidente de uma instituição bancária bastante conhecida no mercado finançeiro nacional e também internacional, cotado em bolsa nas maiores e mais importantes praças bolsistas do mundo.
Para Tobias, Sandra era a menina dos olhos!
Celeste, mãe da jovem, que abandonara a sua licenciatura de medicina, enveredando pelas belas artes, era uma pintora e escultura, bastante reconhecida pelo trabalho realizado com as suas obras.
Sandra foi criada num ambiente onde nada lhe faltava, tinha criados para tudo, sempre vivera de grande conforto, uma autêntica princesa num conto de fadas.
A jovem foi educada de uma forma completamente diferente da maioria dos jovens que moravam naquele concelho. Frequentou os melhores colégios particulares do país até completar o seu décimo segundo ano, a escolha da universidade, recaiu numa pública.

A jovem Sandra, pretendia concluir o seu doutoramento e mestrado em direito criminal, ou seja, seu sonho era seguir a profissão de Juíza numa qualquer comarca do país.
A jovem abdicou de ir estudar para o estrangeiro, estados Unidos ou Inglaterra, em faculdades privadas de renome internacional, onde já formara grandes nomes ligados ao direito criminal, estes eram os destinos mais provaveis que os pais lhe puseram à dispoçisão.
Mas, Sandra seguiu as convicções, preferindo o seu país em detrimento de uma no estrangeiro, para seguir as suas próprias peugadas.
Os anos passaram, os jovens concluíram os seus estudos, ao mesmo tempo que o amor aumentava ao passo de cada dia.
Finalmente chegara a hora do casamento entre ambos, foi divinal, mais não poderia ser de outra forma, devido ao rígido controlo dos pais da jovem Sandra, desejava que tudo fosse conforme os costumes e tradições da família.

Os dois jovens tiveram um casamento de sonho, só igualado por altas personalidades de estado ou monarquia.
Após concluir a licenciatura, Abel foi convidado pelo futuro sogro, para trabalhar na instituição bancária que presidia.

O jovem aceitou a oferta do sogro, por duas razões, primeiro, porque era a área na qual se formou, segundo, porque era a melhor forma de não depender economicamente dos pais, até puder arranjar trabalho, este convite foi a cereja no topo do bolo.
E em terceiro lugar, poderia começar desde já, a juntar algum dinheiro, de forma a preparar o futuro, o casamento estava estava a poucos passos de acontecer.
Aquando do casamento, o jovem já trabalhava na dependência bancária como caixa, ou seja, atendimento ao público como qualquer funcionário bancário á dois anos.
O casamento só ocorreu depois de Sandra ter terminar o seu doutoramento, ao mesmo tempo preparava a sua tese de mestrado. Ao longo desses dois anos, os jovens tinham adquirido um terreno onde estava edificada uma moradia bastante acolhedora aos seus olhos, como também os respectivos recheios, para depois de casarem levarem as suas vidas.
Após o casamento, o jovem Abel tivera como presente, inesperado, a possibilidade de ir gerir uma nova sucursal da instituição bancária, dependência que, iria abrir as suas portas num outro local do país, mais concretamente do lado oposto da grande Lisboa, para o concelho “Ribeira Dão”.
Por sua vez, Sandra foi colocada num tribunal da mesma zona, no concelho vizinho de “Arpão”, que fica a escassos dez minutos de casa. Era o início da sua actividade profissional, pequenos processos até estar preparada para outros voos.

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