terça-feira, 28 de setembro de 2010

Capitulo 10º

Os anos passaram para estas crianças, na maior parte dos casos, o abandono escolar era bastante frequente, outros quando completavam a antiga 4ªclasse, eram colocados ao abandono, vagueavam pelas ruas, enquanto, os seus familiares ganhavam a vida.
Este cenário foi propício à criação de vários gangs raciais por todo o lado.
Pantera, foi um desses casos, filhos sem lei, órfãos de uma guerra estúpida onde os interesses eram latentes aos capitalistas, que fizeram escravos no seu próprio país, nas ex-colónias, o povo Africano, enquanto apoderavam-se de toda a riqueza que a terra lhes podia fornecer.
Estes jovens, de famílias desajustadas, muitas problemáticas, alheadas às más companhias, munidos pela agonia e revolta dos sofrimentos que foram alvos os seus antepassados, a rua, deu lugar à delinquência juvenil.
Pantera ficou sem os pais adoptivos, quando ainda não tinha completado doze anos de idade, ficando a irmã mais velha de quinze, e o mais novo com 10, entregues ao seu próprios destinos.
Os pais adoptivos perderam a vida num acidente de viação; quando se deslocavam para o emprego, seguiam no autocarro, uma manhã de forte intempérie.
A chuva e o forte vento que se fazia sentir, estivera na origem do despiste do condutor, levando o autocarro a cair numa ravina com mais de vinte metros de altura, morrendo todos os seus ocupantes. Deixando assim os dois filhos menores, juntamente com o filho adoptivo, entregues à sorte do mundo.
O estado, mais uma vez não esteve à altura de responder há dificuldades desta família que, estava assim entregues ao abandono, a jovem sentindo liberdade para fazer o que queria, a companhia de rapazes tornava-se um hábito frequente nas instalações da jovem.
Jovens velhos de todas as idades fizeram do domicílio da jovem, o próprio quartel-general, para actividades e orgias sexuais, bem como, o consumo de produtos estupefacientes.
Enquanto que ao mesmo tempo, a jovem tornava-se propriedade de um proxeneta, bem conhecido do bairro, vendo na jovem e na casa um excelente locar para fazer crescer o seu negócio de prostituição, consumo e venda de drogas.
Era um corrupio até altas horas da noite, o entra e sai constante, a troco de alimentos para os jovens, que, também foram incentivados pelo mal feitor ao uso constante de drogas. O jovem pantera foi transformado em correio de droga e vendedor, para além de consumidor assíduo, cada vez mais dependente do homem que se apoderara da casa dos seus pais adoptivos.
A jovem tinha apenas quinze anos, as agressões eram uma constante do homem à jovem, que, com o tempo se estendeu aos miúdos, Pantera, acabou por assassinar o proxeneta numa noite de intenso calor sexual, onde foi dar com o bandalho a violar o jovem irmão adoptivo.
Tais factos já tinham acontecido com ele, uma arma escondida, pé entre pé, abrindo a porta, o homem estava a puxar as calças para cima, quando, viu a jovem criança a alguns metros de arma em punho.
Entre algumas palavras não muito agradáveis, o jovem desferiu três tiros certeiros, abatendo o indivíduo que caiu todo redondo no chão.
O jovem fugiu durante alguns dias, até que a policia o encontrou e colocou numa instituição, por ordem do tribunal de menores, num colégio interno.
As fugas dos colégios eram constantes, por lá permaneceu até aos dezoito anos, a jovem estava internada num hospital de doenças infecto-contagiosas, tinha contraído o vírus do H.I.V, enquanto que o jovem mais novo também se encontrava num estabelecimento de correcção, em regime de internato, como acontecera com o irmão adoptivo, Pantera.
Algum tempo depois, a doença roubou-lhe a vida, retirou-lhe a melhor dávida;
Pantera e o Júnior, foram ao funeral, onde o mais novo conseguir fugir aos seus representantes da instituição onde se encontrava por ordem do tribunal de menores.
Os dois para sobreviverem, uma vez mais penetraram-se no mundo do crime, um assalto aqui, outro ali. Numa tarde nebulosa, caia chuva miudinha, um grupo entrou de rompante pelo hipermercado dentro, empunhando armas de fogo, caçadeiras de canos cerrados, o assalto rendeu algumas centenas de euros.
O assalto decorreu dentro do previsto que o grupo tinha preparado, mas, como diz o velho ditado;
- Nem sempre tudo corre bem!
O grupo foi surpreendido à saída por uma patrulha da polícia que passava por mero acaso no local. O confronto entre bandidos e polícia era inevitável, dos cinco assaltantes, só dois escaparam, pantera e o condutor. Entre os que ficaram para trás encontrava-se Júnior e um outro tinham sido abatidos sendo que o outro estava em estado bastante grave.
Também um dos polícias fora ferido com alguma gravidade, quando chegaram os reforços policias, os dois tinham-se posto em fuga com algum dinheiro roubado.
A caça ao homem era feroz, mais tarde as autoridades encontraram a viatura que os dois tinham escapado aquando o assalto. Nunca foram capturados pelo crime de assalto.
Muitos meses depois, no hospital, o sobrevivente dava melhorias, estava pronto para ser interrogado mas, na manha em que os inspectores se preparavam para recolher o depoimento do ferido, este é encontrado morto.
Mistério que deixou todas as forças policiais intrigadas, estivera quatro homens consecutivamente, revezando-se por turnos vinte e quatro horas sobre vinte e quatro horas junto à porta do quarto do assaltante, quem entrava era revistado, identificado e confirmado pela administração do centro hospitalar que tinha disponibilizado o acesso a todos os ficheiros médicos daquela aula traumatológica.

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