sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Filhos sem Lei 5º (Capitulo)

Abel conheceu a jovem Sandra quando frequentava a faculdade de economia, e ela direito. À primeira vista, era difícil calcular que estes dois jovens, que nada tinham em comum, a não ser os destinos.

Por norma, todos os alunos das faculdades da grande Lisboa. Frequentavam, um espaço comercial e lúdico, com ponto passagem dos universitários da zona, frequentadores assíduos os pontuais naquele lugar da cidade, ou seja, nas imediações do Estádio Universitário.

O lugar era acolhedor, simpático e muito divertido, o seu proprietário tinha instalado aquele espaço comercial, convicto do enorme sucesso junto das camadas médias, ou seja, entre indivíduos na casa dos vinte e dos trinta anos.

Mas a sua localização e êxito, deveu-se ao facto, no passa a palavra, e nunca numa campanha publicitária de elevados custos monetários.

Levando com que, o espaço, fosse ponto frequente, de todas as noites, para milhares de jovens e menos jovens, tinham encontro, no “Jaguar Bar”.

Numa das suas saídas nocturnas, com o grupo de amigos que privavam mais de perto com o jovem na faculdade, naquela noite foram todos apresentados, um grupo ao outro, intermédio de uma amiga que conhecia Sandra.

Gisela morava na mesma zona que a jovem Sandra, que por sua vez, tinha grau parentesco, daí a apresentação ao grupo de amigos que seguiam com ela naquela noite.

A jovem era filha de país abastados, morava numa zona de condomínio fechado, acessível só a algumas pessoas de estrato social e económico mais elevado.

Que ficava nos arredores da capital de Portugal.

Sandra, desde aquela noite, sentira uma enorme atracção pelo jovem Abel, era notória ao grupo de amigos, como é óbvio não passou despercebido à prima de segundo grau.

A mãe de Inês era prima direita da mãe de Sandra;

Foi amor à primeira vista, pelo menos:

“Segundo alguns estudos científicos, onde muito se tem dito e escrito sobre este tema”.

Há no entanto quem acredite no amor à primeira vista, outros que afirmam ser apenas um facto ocorrido no momento, ou um simples mito.

Em todo o caso, os dois fazem sentido e são os dois pontos de vista bastante discutíveis, no entanto deixo este assunto à consideração do leitor.

A jovem Sandra denotou um enorme faxino pelo rapaz, estudante de economia, os seus olhares eram prenuncio do que provavelmente antevia num futuro próximo, mas a jovem, não era rapariga de namoriscos, com a idade que tinha, ainda nunca tinha tido um namorado nem mesmo provado o sabor da paixão.

Com os dias o interesse pelo jovem era maior, as conversas com o grupo que privava mais de perto com ela, eram mais do mesmo em relação ao jovem que conheceram.

Abel, por sua vez, estava longe de saber o interesse da jovem que conhecera naquela noite no “Jaguar Bar”.

Os amigos de vez em quando mandavam os seus piropos, só que o jovem nunca levou os mesmos à seria, por julgar tratar-se de brincadeiras dos amigos, mas no seu intimo, bem que desejava que fosse realmente verdade.

Mas a vida tem destas coisas, por destino ou não, o que fora uma saída esporádica, passou a serem saídas mais assídua naquele espaço lúdico e comercial.

Sandra passou a contactar com mais regularidade a prima Gisela, para saber pormenores sobre o jovem Abel, sem que este soubesse.

Os telefonemas da jovem para a prima começavam a tornar um hábito, num desses telefonemas, Abel notou que algo estranho estava no ar, pelos olhares comprometidos que a rapariga olhava enquanto falava ao telemóvel.

As duas jovens estavam então a marcar uma nova saída com os dois grupos, assim Abel nunca suspeitaria que estavam antecipadamente combinado.

Uma semana depois, o grupo resolveu repetir a noite da semana anterior, sendo que, Gisela, prima de Sandra, tinha tudo combinado, lá convenceu o jovem, também alguns amigos que estavam por dentro do acontecimento.

Também o namorado de Gisela, que fazia parte do grupo de Sandra, estava por dentro, como este se deslocava várias vezes à faculdade que o grupo frequentava, para apanhar a namorada, numa dessas vezes, numa amena cavaqueira, convidou-os para saírem todos juntos outra vez na sexta-feira seguinte à noite.

Assim foi, o mote estava lançado, o grupo de economia, encontrou-se à entrada do “Jaguar Bar”, onde estaria o grupo de direito, ambos os lados, encontravam-se rapazes e raparigas, grupo que, manteve suas amizades desde então para sempre.

Alguns, inclusive, também acabaram por se enamorarem, tanto de um lado como do outro, os padrinhos de casamento lado de Abel, foram antigos colegas de curso da jovem Sandra, enquanto que, do lado da jovem, foi a prima Inês e Carlos, namorado desta e colega de curso de Sandra.

Este encontro serviu especialmente para os amigos mais próximos dos dois jovens confirmarem o que andava no ar, nas suas caras era inevitável que estavam apaixonados um pelo outro, mas que, faltava o tal empurrão.

As figuras que fazemos… quando estamos apaixonados…

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